quinta-feira, 7 de outubro de 2010
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CORUCHE - Sessão de 30 de Setembro de 2010: Intervenção do PSD
Transcrição do Documento aprovado pelo Conselho Nacional dos TSD
no passado dia 25 de Setembro de 2010.
Os portugueses não podem aceitar a radicalização do clima político em torno do Orçamento de Estado para 2011, tal como consideram ridículo e o cúmulo da demagogia, o governo pretender arvorar-se em paladino do Estado Social!
Sobre o Orçamento de Estado 2011, importa deixar claro que a primeira responsabilidade pelo estado a que Portugal chegou cabe à governação socialista.
As políticas que têm sido adoptadas são as do programa do governo socialista e têm sido impostas com arrogância e prepotência sem limites. Os caminhos e a estratégia do governo socialista conduziram o País ao ponto em que nos encontramos. O PS e o seu governo, num gesto de humildade e de respeito para com os portugueses, devem assumir clara e inequivocamente o falhanço das suas políticas e não tentarem imputar a outros as responsabilidades que só a si cabem.
Neste quadro, o governo deve negociar com as outras forças políticas o próximo orçamento. Com o PSD, preferentemente, que, ao contrário de todas as outras forças parlamentares, tem sacrificado os seus interesses partidários em favor dos interesses do País, como já sucedeu quando, para evitar males maiores, viabilizou o orçamento 2010 e os PEC I e PEC II.
Mas a postura pública do governo sobre esta questão é preocupante. Mais parece que o governo, em pânico com a gravidade da situação e incapaz da enfrentar, procura um pretexto na crise, para fugir do governo e para que os outros resolvam os problemas que criou.
Os TSD esperam que o bom senso e o interesse nacional prevaleçam e que à gravidade da situação económica e financeira do País, não se junte uma crise política pelos vistos desejada pelo governo.
Só um clima de estabilidade e responsabilidade no País pode gerar confiança nos potenciais investidores privados e estes são vitais para o crescimento económico.
Quanto à questão do Estado Social, os TSD apenas lembram que tem sido o governo socialista que mais tem desconstruído o Estado Social – exactamente ao nível das políticas de saúde, da educação, das prestações sociais, do crescimento brutal do desemprego e do aprofundamento das desigualdades sociais.
A situação insustentável que coloca Portugal à beira do abismo, resulta de vários erros acumulados ao longo dos últimos anos, que não podem ser resolvidos por um Governo em permanente campanha eleitoral e sem coragem para assumir as medidas que há muito são reconhecidas como indispensáveis, pela generalidade dos economistas portugueses, muitos deles militantes e mesmo ex-ministros de governos socialistas.
Tal descalabro reside:
---Défice Orçamental excessivo;
---Endividamento do País, no seu todo;
---Elevada (sem precedentes) Taxa de Desemprego;
---Baixa Taxa de Poupança dos Portugueses;
---O esforço fiscal que recai sobre as Empresas e os Cidadãos;
---Fraca competitividade e crescimento medíocre da nossa Economia;
A resposta aos problemas estruturais mais graves, acima enunciados, tem-se saldado no aumento de impostos que conduziram os trabalhadores e as empresas a suportarem um elevadíssimo esforço fiscal, cujos resultados são o engrossamento das despesas do Estado e dos pagamentos dos juros da dívida externa.
Isto é, em vez do Estado injectar dinheiro na economia, visando desenvolver o tecido empresarial mais importante para a redução do desemprego – as micro, pequenas e médias empresas- empobrece o país, aumenta o défice das contas públicas, agrava o desemprego, retira competitividade à economia e enfraquece-a, como é demonstrado à saciedade pelo número de falências.
Urge mudar de rumo, com alívios da carga fiscal e uma moderação séria da despesa.
Sem que isto se faça, sem uma política geradora de confiança e capaz de captar o investimento, o emprego não crescerá, os portugueses não pouparão, porque não trabalham ou ganham mal, e nenhum dos males que nos assolam será debelado. É preciso pôr a economia a funcionar e a crescer.
O governo deve mexer naquilo que depende de si, directa ou indirectamente através de financiamentos, e emagrecer o esforço fiscal que impôs aos Portugueses em grande medida para sustentar a sua clientela nas Empresas Públicas, Municipais, Institutos Públicos, Hospitais Empresa, Parcerias Público-Privada e mais 14 mil (imagine-se 14 mil) entidades financiadas.
O caso do grupo das Águas de Portugal, com 42 empresas, é exemplo paradigmático.
Uma empresa que se desdobra em 42, com 42 Conselhos de Administração, com 5 administradores cada e cada administrador com secretárias, adjuntos, assessores, carros, cartões de crédito, etc., não é normal.
É tolerável tamanha irresponsabilidade e gula pelos lugares para os “boys”, especialmente na situação de crise em que o País se encontra?
Será que alguém sério, honesto e patriota aceita que tudo continue como está?
Coruche, 30 de Setembro de 2010
Intervenção do Grupo Municipal do PSD, na Assembleia Municipal de Coruche
no passado dia 25 de Setembro de 2010.
Os portugueses não podem aceitar a radicalização do clima político em torno do Orçamento de Estado para 2011, tal como consideram ridículo e o cúmulo da demagogia, o governo pretender arvorar-se em paladino do Estado Social!
Sobre o Orçamento de Estado 2011, importa deixar claro que a primeira responsabilidade pelo estado a que Portugal chegou cabe à governação socialista.
As políticas que têm sido adoptadas são as do programa do governo socialista e têm sido impostas com arrogância e prepotência sem limites. Os caminhos e a estratégia do governo socialista conduziram o País ao ponto em que nos encontramos. O PS e o seu governo, num gesto de humildade e de respeito para com os portugueses, devem assumir clara e inequivocamente o falhanço das suas políticas e não tentarem imputar a outros as responsabilidades que só a si cabem.
Neste quadro, o governo deve negociar com as outras forças políticas o próximo orçamento. Com o PSD, preferentemente, que, ao contrário de todas as outras forças parlamentares, tem sacrificado os seus interesses partidários em favor dos interesses do País, como já sucedeu quando, para evitar males maiores, viabilizou o orçamento 2010 e os PEC I e PEC II.
Mas a postura pública do governo sobre esta questão é preocupante. Mais parece que o governo, em pânico com a gravidade da situação e incapaz da enfrentar, procura um pretexto na crise, para fugir do governo e para que os outros resolvam os problemas que criou.
Os TSD esperam que o bom senso e o interesse nacional prevaleçam e que à gravidade da situação económica e financeira do País, não se junte uma crise política pelos vistos desejada pelo governo.
Só um clima de estabilidade e responsabilidade no País pode gerar confiança nos potenciais investidores privados e estes são vitais para o crescimento económico.
Quanto à questão do Estado Social, os TSD apenas lembram que tem sido o governo socialista que mais tem desconstruído o Estado Social – exactamente ao nível das políticas de saúde, da educação, das prestações sociais, do crescimento brutal do desemprego e do aprofundamento das desigualdades sociais.
A situação insustentável que coloca Portugal à beira do abismo, resulta de vários erros acumulados ao longo dos últimos anos, que não podem ser resolvidos por um Governo em permanente campanha eleitoral e sem coragem para assumir as medidas que há muito são reconhecidas como indispensáveis, pela generalidade dos economistas portugueses, muitos deles militantes e mesmo ex-ministros de governos socialistas.
Tal descalabro reside:
---Défice Orçamental excessivo;
---Endividamento do País, no seu todo;
---Elevada (sem precedentes) Taxa de Desemprego;
---Baixa Taxa de Poupança dos Portugueses;
---O esforço fiscal que recai sobre as Empresas e os Cidadãos;
---Fraca competitividade e crescimento medíocre da nossa Economia;
A resposta aos problemas estruturais mais graves, acima enunciados, tem-se saldado no aumento de impostos que conduziram os trabalhadores e as empresas a suportarem um elevadíssimo esforço fiscal, cujos resultados são o engrossamento das despesas do Estado e dos pagamentos dos juros da dívida externa.
Isto é, em vez do Estado injectar dinheiro na economia, visando desenvolver o tecido empresarial mais importante para a redução do desemprego – as micro, pequenas e médias empresas- empobrece o país, aumenta o défice das contas públicas, agrava o desemprego, retira competitividade à economia e enfraquece-a, como é demonstrado à saciedade pelo número de falências.
Urge mudar de rumo, com alívios da carga fiscal e uma moderação séria da despesa.
Sem que isto se faça, sem uma política geradora de confiança e capaz de captar o investimento, o emprego não crescerá, os portugueses não pouparão, porque não trabalham ou ganham mal, e nenhum dos males que nos assolam será debelado. É preciso pôr a economia a funcionar e a crescer.
O governo deve mexer naquilo que depende de si, directa ou indirectamente através de financiamentos, e emagrecer o esforço fiscal que impôs aos Portugueses em grande medida para sustentar a sua clientela nas Empresas Públicas, Municipais, Institutos Públicos, Hospitais Empresa, Parcerias Público-Privada e mais 14 mil (imagine-se 14 mil) entidades financiadas.
O caso do grupo das Águas de Portugal, com 42 empresas, é exemplo paradigmático.
Uma empresa que se desdobra em 42, com 42 Conselhos de Administração, com 5 administradores cada e cada administrador com secretárias, adjuntos, assessores, carros, cartões de crédito, etc., não é normal.
É tolerável tamanha irresponsabilidade e gula pelos lugares para os “boys”, especialmente na situação de crise em que o País se encontra?
Será que alguém sério, honesto e patriota aceita que tudo continue como está?
Coruche, 30 de Setembro de 2010
Intervenção do Grupo Municipal do PSD, na Assembleia Municipal de Coruche
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