ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CORUCHE - 30 DE ABRIL DE 2014
SAUDAÇÃO -
Comemoração
dos 40 anos do 25 de Abril
Comemorou-se na passada sexta-feira os 40 anos do 25
de Abril, data marcante da história recente de Portugal e que temos a obrigação
de recordar.
Graças à iniciativa dos militares que de forma heroica
iniciaram um processo de revolução, todos os portugueses conquistaram a
liberdade e democracia, num processo que culminou em 25 de Novembro de 1975.
Sendo uma revolução iniciada e conduzida pelos
militares portugueses, de onde se destaca o Capitão Salgueiro Maia, a quem aproveitamos
para prestar homenagem, o 25 de Abril é de todos os portugueses defensores da
liberdade de pensamento, liberdade de expressão, liberdade de associação, o 25
de Abril é de todos os que defendem as liberdades, é de todos os portugueses e
não de alguns, por exemplo dos que não tendo contribuído para a revolução se
tentaram apropriar da mesma, dos que se consideram mais que todos os outros,
dos que ainda hoje defendem regimes “democráticos” como Cuba, Venezuela e
Coreia do Norte, onde TODOS passam fome, TODOS vestem roupa igual e TODOS são
obrigados a ter o mesmo corte de cabelo, senão são mortos!
O 25 de Abril é também naturalmente nosso, dos
autarcas que conquistaram a capacidade de se reunir e tomar decisões em prol
das nossas populações, de nós autarcas que somos eleitos diretamente pela
população e a quem temos de prestar contas nas eleições, o 25 de Abril não é
apenas daqueles que em 1974 estavam de férias em Paris e chegaram 2 dias
depois, enquanto os militares e os portugueses que estavam em Portugal,
garantiram a transição pacifica, sem mortes, para a democracia, os mesmos que
agora tentam incentivar os portugueses a desrespeitar o resultado de eleições
livres e a derrubar governos democraticamente eleitos.
Mas quando falamos da revolução dos cravos, temos
obrigatoriamente que nos referir à luta pela liberdade conduzida pela população
do nosso Concelho e em particular a população do Couço, que desde os anos
sessenta assumiu a luta pela liberdade e pelo reconhecimento dos direitos individuais
de cada uma das pessoas e em particular dos trabalhadores, luta que ainda hoje
é reconhecida a nível nacional, pelo que aproveitamos para prestar homenagem às
mulheres e homens do Couço.
Contudo, ao vermos o programa oficial das comemorações
dos 40 anos do 25 de Abril no nosso Concelho, da responsabilidade da maioria
socialista, não vemos nenhuma iniciativa no Couço ou de justa homenagem à
população do Couço na sua Freguesia, …lamentamos!
E já que nos referimos ao programa das comemorações
dos 40 anos no nosso Concelho, gostaríamos de saudar o convite para que no
passado dia 12 de Abril o militar de Abril, Carlos Beato, estivesse em Coruche
e partilhasse com os presentes o “filme” do dia 24 e 25 de Abril de 1974, uma
descrição na primeira pessoa feita por quem realmente fez a revolução, um
militar de Abril. Foi uma intervenção emocionada e emocionante e a Carlos Beato
fica o nosso particular agradecimento e homenagem.
Contudo, no mesmo local e dia, ocorreram mais duas
intervenções, de quem viveu a revolução como espetador, razão pela qual nada
falaram sobre a revolução, apenas se limitaram no primeiro caso a um discurso
politizado e politiqueiro e no segundo caso tivemos uma senhora que foi apresentada
como ativista, sem se dizer de quê, ativista associativa? dos direitos dos
animais? dos direitos humanos? Ninguém percebeu, mas os presentes foram
brindados com um discurso demagógico e populista.
Talvez estas duas intervenções sejam a razão pela qual
muito poucos assistiram a estas “conversas” promovidas pela maioria socialista,
90% dos presentes eram autarcas e de conversas não tivemos nada, apenas
monólogos… lamentamos!
Mas como estamos na Assembleia Municipal, órgão máximo
da plenitude democrática no nosso Concelho, é fundamental referir que também
este órgão foi ignorado pela maioria socialista, ao contrário da grande maioria
dos municípios portugueses que realizaram sessões solenes de comemoração, os
eleitos na Assembleia Municipal de Coruche foram ignorados e afastados das
comemorações e das intervenções, garantindo a maioria socialista, intervenções
de sentido único, não plurais e numa clara vontade de calar a oposição, bem
diferente do que aconteceu há 10 anos, nas comemorações dos 30 anos do 25 de
Abril e acreditamos bem diferente do que pretendiam os militares que
conquistaram a democracia e o pluralismo!
Porque razão calaram a oposição?
Do que tem medo esta maioria totalitarista?
Mas como falamos de calar a oposição, também temos que
nos referir ao executivo municipal, pois também os Vereadores da oposição foram
esquecidos no momento dos discursos e nem foram chamados para junto do restante
executivo, numa atitude inqualificável, e que acreditamos bem diferente do que
pretendiam os pais da democracia em Portugal.
Recordamos que apenas mais tarde se lembraram dos
Vereadores da oposição, quando a maioria totalitarista iniciou a entrega de
medalhas, que não tirando o mérito a quem as recebeu, entregou sem deliberação
do Órgão próprio e por livre arbítrio de escolha, nesse momento é que se
lembraram dos Vereadores da oposição, mas sem dúvida que foi para dar cobertura
à situação que criaram.
De referir ainda, que assistimos nestas comemorações a
dois discursos plenos de propaganda politica e de apelo ao voto, que para além
de demagógicos e populistas, nada têm a ver com a realidade do Concelho e com
as conquistas de Abril que nessa manhã se comemoravam, tendo ficado claro para
todos os presentes que esses discursos até podiam fazer sentido para quem os
escreveu, mas que criaram dificuldades a quem teve que os ler.
O PSD de Coruche e os seus autarcas não se vão calar,
apesar das dificuldades com que se deparam e com as quais são confrontados 40
anos depois da revolução do 25 de Abril, não se vão calar e a defesa
intransigente da nossa população é o nosso único objetivo.
Recordamos mais uma vez, que ao contrário do que foi
dito, os serviços públicos que fecharam no Concelho nos últimos anos foram
todos fechados pelos governos socialistas e pela câmara socialista, por exemplo:
Zona Agrária de Coruche, Extensões do Centro de Saúde do Biscainho e São José
da Lamarosa, CTT do Couço, Segurança Social do Couço, Bombeiros do Couço e
Escolas em praticamente todas as Freguesias, nomeadamente nas rurais.
Também ao contrário do que referiram, o atual Governo
não fechou nenhum serviço público na nossa terra, os edifícios das Juntas de
Freguesia da Fajarda e da Erra continuam abertos e a prestar os mesmos serviços
de proximidade às populações e só podem não ter a mesma qualidade se a maioria
socialista assim não quiser.
Recordamos ainda, que ao contrário do que aconteceu a
Portugal, que foi conduzido para a bancarrota pelos socialistas, em Coruche
existem milhões de euros no banco ao mesmo tempo que em 2013 a maioria
socialista aumentou em 20% o IMI, e teve uma execução orçamental medíocre de
apenas 50%, só a título de exemplo.
E tudo isto deixa-nos a pensar:
É por esta razão que querem calar a oposição?
Para que não se possa esclarecer a população?
Mas mais uma questão …
Porque razão em Coruche não se respeita o direito de
oposição?
Por exemplo, na sua forma mais simples, a apresentação
do relatório anual do direito de oposição que deveríamos estar a discutir e
analisar nesta reunião.
Onde está este relatório?
O direito do livre exercício da oposição não é uma
conquista de Abril?
Porque não se cumpre no nosso Concelho?
Porque razão não incluiu o Sr. Presidente da Mesa a
discussão deste ponto na ordem e trabalhos?
A resposta parece simples …
Porque a maioria não respeita a oposição… só pode ser
porque não respeitam os princípios de Abril, que consagraram este direito!
Defender os princípios de Abril, o pluralismo, a
liberdade, a democracia, são mais que palavras, são o nosso único objetivo.
Por estas razões temos lutado contra uma maioria
socialista insensível aos problemas da população, que carrega os seus com
impostos municipais, promovendo a desertificação do Concelho, obrigando os
jovens e as famílias a procurar casa nos Concelhos vizinhos, como Benavente,
Salvaterra de Magos ou Almeirim, que continuam a aumentar a população, ao
contrário do que acontece em Coruche. Uma maioria que obriga os nossos idosos a
procurar assistência nos Concelhos vizinhos, longe da terra que os viu nascer,
das suas famílias e de quem mais gostam, para ter dinheiro no banco, e dessa
forma apoiar a banca em vez da nossa terra e das nossas pessoas.
O PSD de Coruche e os seus autarcas perseguem os
princípios de Abril, da igualdade e da solidariedade, da defesa intransigente
da nossa terra, da terra que nos viu nascer, onde queremos viver com os nossos
filhos, os nossos pais, os nossos avós, um Concelho para todos.
40 anos depois da revolução de 25 de Abril, em que os
militares conquistaram a liberdade e a democracia, o pluralismo e a
possibilidade de haver Partidos políticos e direitos de oposição, os
socialistas de Coruche não vão calar a oposição, não vão calar o PSD de
Coruche.
Repudiamos e condenamos os tiques antidemocráticos,
que há muito deveriam estar banidos da sociedade portuguesa e em particular da
política.
Posto isto, é fundamental falar também das restantes
grandes conquistas de Abril:
Como estamos 40 anos depois da revolução?
Pior como referem os socialistas?
Ou melhor como sentem os portugueses?
A taxa de mortalidade infantil é a mesma 40 anos
depois?
A taxa de analfabetismo é a mesma?
Não existem televisões privadas?
A percentagem de licenciados e doutorados não
aumentou?
O número de portugueses com casa própria e carro é o
mesmo?
O nível de vida dos portugueses não melhorou?
O país não está mais rico?
Os portugueses não vivem melhor?
Só a título de exemplo! São estas algumas das questões
a que cada um de nós tem de responder antes de dizer que Portugal está pior!
Como sabemos estes 40 anos foram de crescimento, de
desenvolvimento, de caminhar para a modernização, como se verifica com a
construção de estradas, pontes, escolas, vias ferroviárias, modernização dos
portos, democratização do acesso à cultura, à saúde e ao ensino.
Mas o caminho faz-se caminhando, como é costume
dizer-se, e o caminho de Portugal tem encontrado obstáculos de grande monta, só
a título de exemplo, por três vezes que recorremos a auxilio externo por má
gestão do País, curiosamente ou não, 3 governos socialistas conduziram Portugal
à bancarrota, em 1977 Mário Soares, em 1983 Mário Soares (o repetente) e em
2011 José Sócrates, 3 grandes socialistas, 3 governos de caos, que amarraram o
País a programas de ajustamento muito difíceis e que invariavelmente deixaram
para outros, para o PSD a resolução dos problemas que criaram. Já para não
falar do pântano de Guterres.
Como sentimos todos ainda hoje, pois o ultimo
ajustamento, fruto do memorando de entendimento assinado em 2011 pelo governo
socialista, que previa o encerramento de tribunais, freguesias, repartições de
finanças, postos da segurança social, congelamento de ordenados e pensões e
redução do poder de compra, entre muitas outras restrições, a má politica
prejudica os cidadãos mas sobretudo não podemos apagar o passado, meter a
cabeça na areia e dizer qua a culpa é dos outros.
O Governo PSD está a executar um plano difícil, que
todos sentimos diariamente na pele, mas que foi assinado pelo governo
socialista, que conduziu Portugal à bancarrota e fugiu, os mesmos socialistas
que agora que o programa que assinaram está quase terminado, querem tomar o
poder, como se tem ouvido, derrubando um governo democraticamente eleito, mas
que tem de ser derrubado para que os mesmos de sempre voltem ao poder e
conduzam novamente Portugal, mas para onde? para o abismo novamente?
Tal é a sede de poder, que em Portugal dizem uma
coisa, mas a nível europeu apoiam um alemão, que é contra a reestruturação da
dívida e é favorável ao cumprimento do programa assinado entre Portugal e a
Troika como foi assinado.
Mais um caso de “faz o que eu digo, não faças o que eu
faço”!
Para terminar, gostaríamos de deixar um apelo, é
importante reforçar e renovar a vontade de todos nos empenhados em continuar a lutar
por uma sociedade livre, democrática e justa, que honre quem nos deu a liberdade
e a democracia em 25 de Abril de 1974.
Saudamos em particular os coruchenses, que lutaram
pela democracia e liberdade.
Viva Coruche!
Viva o 25 de Abril!
Viva Portugal!
P’lo Grupo Municipal do PSD
Francisco Gaspar